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Maceió/Al, 19 de maio de 2024

Colunistas

Arnóbio Cavalcanti Arnóbio Cavalcanti
Doutor em Economia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, HHESS, França. Professor da Universidade Federal de Alagoas com linhas de pesquisa em Finanças Públicas, Economia do Setor Público, Macroeconometria e Desenvolvimento Regional.
02/05/2024 às 12:18

Pobreza e extrema pobreza atingem menores patamares no Brasil em 2023, diz estudo.

A taxa de pobreza no Brasil reduziu em 25 estados e no Distrito Federal em 2023, atingindo seu menor nível desde o início da série histórica em 2012. A pobreza no Brasil recuou 4,2 pontos percentuais, saindo de 31,6%, em 2022, para 27,5%, em 2023. A única exceção foi o estado do Acre.

A extrema pobreza também recuou em 24 estados, exceto Rondônia e Distrito Federal.

Essas informações foram tratadas pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), utilizando a base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Contínua, do IBGE, baseada os critérios de pobreza adotados pelo Banco Mundial.

Com efeito, o Banco Mundial define como situação de pobreza as famílias com rendimento mensal de até R$ 664,00 por pessoa, enquanto que, extrema pobreza aquelas famílias com rendimento mensal limitado a R$ 208,00 por pessoa.

TAXA DE POBREZA NOS ESTADOS

O Amapá se destacou como o estado com maior redução dos índices de pobreza no Brasil, apresentando um recuo de 14,8 pontos percentuais; seguido por Roraima (-9,5%) e Amazonas (-9,3%). Já o Acre foi o único que apresentou crescimento nas taxas de pobreza, com o crescimento de 0,4%, durante o período analisado.

Vale destacar que Santa Catarina foi o estado com menor proporção de pessoas na pobreza, com 11,6% da sua população se encontrando nessa condição; seguido por Rio Grande do Sul (14,4%), e Distrito Federal (15,6%). Por outro lado, das 11 unidades federativas que apresentaram proporção de pobreza acima de 40%, encontraram-se todos os estados nordestinos. Cerca da metade da pobreza está no Nordeste, onde estão 27% da população brasileira.

TAXA DE EXTREMA POBREZA NOS ESTADOS

Alagoas (-4,3%), Amapá (-3,9%) e Paraíba (-3,7%) se destacaram como os estados com maior redução dos índices de extrema pobreza no Brasil no período 2022 e 2023. Por outro lado, o Distrito Federal registrou um aumento de 11,8% das pessoas nessa condição, seguido Rondônia, com alta de 8,3%., durante o período analisado.

A diminuição da extrema pobreza teve forte influência do incremento dos programas sociais no primeiro ano do Lula III. Em 2019, 29% dos domicílios do Nordeste recebiam Bolsa Família. Em 2023, 35,5%. Por outro lado, entre 2019 e 2023, o rendimento médio per capita dos domicílios que recebiam Auxílio Brasil/Bolsa Família cresceu 42,4%, enquanto aumentou 8,6% entre aqueles que não recebiam o benefício.

Ainda de acordo com esse mesmo levantamento, 4,4% dos brasileiros estavam em condição de extrema pobreza no ano passado. Todavia, o estudo demonstra que todos os estados nordestinos apresentaram percentual de extrema pobreza 50% superior à média nacional, e portanto, estão entre os 10 unidades federativas mais pobres do país.

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